sábado, 12 de setembro de 2020

GESTÃO DOCUMENTAL - ANO 05 - EDIÇÃO 59 - AGOSTO DE 2020

  

Por vezes relegada a segundo plano em empresas e instituições públicas, a gestão documental é de vital importância para as organizações. Ela é responsável por catalogar e facilitar a consulta de documentos (impressos e eletrônicos), onde é requerido o compartilhamento de informações.

Na prática, o segmento dá suporte aos processos de negócio nas instituições. Entre os documentos gerenciados pelo setor estão a guarda de relatórios contábeis, controles de fluxo de caixas, balancetes e demonstrativos de resultado de exercício (DREs).

A catalogação de acordos, notas fiscais, contratos e comprovantes de operações financeiras também são realizadas pela gestão documental, que em algumas empresas mantém em seu âmbito o protocolo das informações. Até mesmo contas de água, luz e telefone, bem como guias de recolhimento e manuais (de diversos tipos e segmentos da empresa) estão sob a posse do departamento documental.

É no setor onde ocorre a digitalização de documentos e os processos de envio e armazenamento de informações, de interesse das organizações. De acordo com a coordenadora do curso de Gestão de Documentos da Faculdade Unyleya, Ana Claudia Dias, na prática, o segmento assegura de forma eficiente a administração, manutenção e destinação dos documentos.

Ela destaca que o departamento documental é o maior centro de informação de uma empresa, pois de lá saem todos os dados catalogados para tomada de decisão. “O setor garante que a informação esteja disponível quando e onde seja necessária, além

de assegurar a eliminação dos documentos que não tem valor histórico ou administrativo”, explica.

No âmbito das instituições, os documentos provam, legitimam e testemunham as atividades desempenhadas pela empresa, de acordo com a legislação vigente. Também são essenciais para a tomada estratégica, célere e segura de decisões, pois são registros históricos para a própria instituição e para a sociedade.

Para que estejam disponíveis para a pessoa certa e na hora certa, devem estar devidamente organizados, segundo as atividades e procedimentos previstos na política institucional de gestão de documentos”, explica a professora da Faculdade de Ciências da Informação, da Universidade de Brasília (UnB), Angélica Marques.

O setor ainda colabora com a execução e supervisão da política nacional de gestão de documentos públicos e privados. As normas de controle e posse são pautadas nos pressupostos da Lei Brasileira de Arquivos, n.º 8.159/1991, que prevê procedimentos

e operações técnicas, referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos.

A lei ainda contém procedimentos sobre a eliminação de arquivos — caso não tenham valor administrativo ou histórico — e controla o recolhimento para guarda permanente, quando são avaliados como históricos.

O arquivista, profissional dedicado à gestão de documentos, dedica-se às atividades de planejamento, orientação das atividades e procedimentos do gerenciamento documental, explica a professora da Faculdade de Ciências da Informação, da Universidade de Brasília (UnB), Angélica Marques.

O gestor define as espécies ou classificações mais adequadas, para cada tipo de documento, tais como: formulários, ofícios, memorandos e relatórios. Também elabora plano de classificação de informações, que funciona como instrumento para identificar todos os tipos de conteúdos documentais protocolados (produzidos e recebidos), pela instituição, em razão de suas atividades.

Outra função desempenhada pelo gestor documental é definir tabela de temporalidade de títulos. Ela funciona como um instrumento de controle em que há definição de prazos de guarda e destinação final de todos os documentos.

Independentemente do suporte (meio de registro da informação: papel, magnético, digital, etc.) e da fase pela qual passa ou chega o documento, o arquivista deve participar da elaboração, execução e supervisão da política institucional de gestão de

documentos”, diz Marques. Em termos de potencial de crescimento, de acordo com coordenadora Ana Claudia Dias, da Faculdade Unyleya, o mercado está em amplo crescimento. Ela diz que cada vez mais as empresas se conscientizam da necessidade de não perder tempo e que o gerenciamento eficiente de informações pode oferecer vantagens e benefícios financeiros às organizações.

Os profissionais que atuam no setor devem se especializar, aprendendo novas técnicas e procedimentos para atender a essa demanda. A gestão de documentos ainda tem muito a evoluir; e novas pesquisas, técnicas e procedimentos podem proporcionar ganhos ainda maiores”, conclui.

 

FONTE: SANTOS, L. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 31 Nº 134 JANEIRO/FEVEREIRO 2020. p 48 -51

 

RESENHANDO:

Uma empresa que faz sua gestão documental economiza tempo e otimiza resultados. Quando temos o setor de arquivo da empresa bem organizado, mostra o quanto os gestores são responsáveis e pensam sempre na agilidade na hora da busca pelas informações, seja físico ou digital. A catalogação destes documentos englobam planejamentos a curto, médio e longo prazo. Toda instituição deve ter funcionários que atuem nesta área, pois executam e supervisionam a política nacional de gestão de documentos, impulsionando a empresa a inovação do setor com tecnologia que aprimore e facilite na tomada de decisão.

ADM. CLAUDILÂNYO GONÇALVES

Nenhum comentário:

Postar um comentário