sábado, 12 de setembro de 2020

TRABALHO HUMANO x TECNOLOGIA - ANO 05 - EDIÇÃO 60 - SETEMBRO DE 2020

 


A tecnologia está presente em quase tudo que fazemos ou tocamos hoje em dia. Mesmo objetos mais simples - como lápis, mesa ou cadeira - são fabricados por meio de vasta cadeia de produção que inclui maquinários, computadores e, agora, com mais frequência, até robôs no processo.

Em meio a tantas mudanças, o trabalho humano ficou mais fácil com a inserção de ferramentas que aumentaram as taxas de produtividade e a velocidade dos processos. Mas até onde a tecnologia pode ir, e qual é o futuro do trabalho humano?

Para o administrador e fundador do site “Transformação Digital”, Eduardo Wolkan, devido ao desenvolvimento tecnológico tardio – em relação à Quarta Revolução Industrial –, somente agora, o Brasil começou a sentir efeitos mais consistentes da nova onda que já tomou boa parte do mundo.

Ele conta que em países da Europa (como Alemanha, Inglaterra, França); da Ásia (China, Japão, Coréia do Sul) e nos Estados Unidos, há empresas que já possuem lojas físicas sem vendedores.

Em uma de minhas viagens recentes ao exterior, entrei em uma grande rede de supermercados e percebi que havia caixas autônomos. Nela, o cliente passava os produtos pelo código de barras e depois pagava tudo com seu cartão de crédito, tudo de forma independente, sem a presença de um caixa (pessoa)”, relata.

Wolkan acredita que embora exista a tendência de a tecnologia mudar radicalmente o mundo, nos próximos anos, o mais provável é que surjam empregos diferentes dos que existem na atualidade. O principal desafio, segundo ele, seria “fazer a transição para um novo patamar, ajudando a população desempregada a capacitar-se para exercer novas funções”.

O assunto também é alvo de estudo e abordagem da administradora e pesquisadora da MMurad, Neidy Christo. Segundo ela, a Inteligência Artificial (IA) e as transformações atuais não devem ser motivo para desespero, principalmente, para aqueles que estão atentos às mudanças e tendências do mercado de trabalho.

Em sua opinião, os novos recursos e máquinas não substituirão a humanidade, pois o mercado precisará de profissionais com habilidades específicas para comandar as máquinas. “A tecnologia, em especial a inteligência artificial, terá papel estratégico na geração de negócios e na obtenção de lucro nesta nova era”, diz. Tanto Wolkan quanto Neidy também são unânimes ao analisar um cenário hipotético, em que as máquinas substituíssem a mão de obra humana.

Na visão dos dois, haveria um exército de desempregados. Com isso, não haveria clientes para consumir produtos e serviços produzidos pelas máquinas; o que tornaria os negócios insustentáveis, do ponto de vista de sua lucratividade e existência.

 

O QUE FAZER?

 

Com a velocidade dos acontecimentos, impulsionados pelas novas tecnologias, o ensino das formações acadêmicas tem sido rapidamente superado, de acordo com a pesquisadora e administradora, Neidy Christo. Por isso, além de capacitar-se de forma contínua, o profissional precisa estar disposto a adquirir e fortalecer novas habilidades, disseminar informação, bem como incentivar e praticar a inovação.

Ela enfatiza que para se aperfeiçoar, o administrador do futuro também deverá ser criativo, curioso e flexível às novas mudanças. Àqueles que procuram colocação profissional — ou para quem já está no mercado, porém meio atordoado com tantas mudanças — Neidy recomenda a autorreflexão sobre como cada um está lidando com o novo cenário.

Já Wolkan orienta os profissionais a aprenderem novas tecnologias que surgiram em sua área de atuação, as que ele não conhece, mas precisa aprender. E, além disso, se existe a possibilidade de sua profissão desaparecer.

Se alguma parte do seu trabalho pode ser sistematizada e tem uma lógica ou padrão de atuação definido, há grande probabilidade dessa parte do trabalho ser automatizada no futuro”, revela.

Wolkan ressalta, no entanto, que a área de administração presta serviços estratégicos e, na maior parte das vezes, realiza o que chamou de atividades relacionais. Por isso, permanece como profissão do futuro.

De acordo com a professora Anna Cherubina, da Fundação Getulio Vargas (FGV), no campo da administração, fazer uma análise de tendências pode ajudar o administrador

a prever quais áreas têm potencial de surgimento ou de crescer. Desta forma, ela recomenda ir na direção contrária.

Ao invés de procurar quais profissões irão acabar, o profissional deve procurar aquelas que vão surgir, baseado nas necessidades dos segmentos existentes, ou as que têm surgido e buscar nelas a qualificação e experiência desejada pelo mercado de trabalho”, define. 

 

FONTE: SANTOS, L. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 31 Nº 134 JANEIRO/FEVEREIRO 2020. p 52 -55

 

RESENHANDO:

Estamos no século em que tudo acontece muito rápido, principalmente com relação a tecnologia. O cinema sempre fez filmes mostrando como seria o futuro, como: O Exterminador do Futuro, Robocop, Vingadores, Avatar entre tantos outros. O mais importante é que aquela realidade mostrada nos filmes, hoje, podermos presenciar  com ênfase a velocidade dos acontecimentos, impulsionados pelas novas tecnologias. As empresas para se manter no mercado terão que acompanhar as novas tendências do mercado, e os profissionais que quiserem se manter nele terão que se qualificar e aprimorar seus conceitos nesta Era Digital.


ADM. CLAUDILÂNYO GONÇALVES

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