A tecnologia está presente em quase tudo que fazemos ou tocamos
hoje em dia. Mesmo objetos mais simples - como lápis, mesa ou cadeira - são
fabricados por meio de vasta cadeia de produção que inclui maquinários,
computadores e, agora, com mais frequência, até robôs no processo.
Em meio a tantas mudanças, o trabalho humano ficou mais fácil com
a inserção de ferramentas que aumentaram as taxas de produtividade e a
velocidade dos processos. Mas até onde a tecnologia pode ir, e qual é o futuro
do trabalho humano?
Para o administrador e fundador do site “Transformação Digital”,
Eduardo Wolkan, devido ao desenvolvimento tecnológico tardio – em relação à
Quarta Revolução Industrial –, somente agora, o Brasil começou a sentir efeitos
mais consistentes da nova onda que já tomou boa parte do mundo.
Ele conta que em países da Europa (como Alemanha, Inglaterra,
França); da Ásia (China, Japão, Coréia do Sul) e nos Estados Unidos, há
empresas que já possuem lojas físicas sem vendedores.
“Em uma de minhas viagens recentes ao exterior, entrei em uma
grande rede de supermercados e percebi que havia caixas autônomos. Nela, o
cliente passava os produtos pelo código de barras e depois pagava tudo com seu
cartão de crédito, tudo de forma independente, sem a presença de um caixa
(pessoa)”, relata.
Wolkan acredita que embora exista a tendência de a tecnologia
mudar radicalmente o mundo, nos próximos anos, o mais provável é que surjam
empregos diferentes dos que existem na atualidade. O principal desafio, segundo
ele, seria “fazer a transição para um novo patamar, ajudando a população
desempregada a capacitar-se para exercer novas funções”.
O assunto também é alvo de estudo e abordagem da administradora e
pesquisadora da MMurad, Neidy Christo. Segundo ela, a Inteligência Artificial
(IA) e as transformações atuais não devem ser motivo para desespero,
principalmente, para aqueles que estão atentos às mudanças e tendências do
mercado de trabalho.
Em sua opinião, os novos recursos e máquinas não substituirão a
humanidade, pois o mercado precisará de profissionais com habilidades
específicas para comandar as máquinas. “A tecnologia, em especial a
inteligência artificial, terá papel estratégico na geração de negócios e na
obtenção de lucro nesta nova era”, diz. Tanto Wolkan quanto Neidy também são
unânimes ao analisar um cenário hipotético, em que as máquinas substituíssem a
mão de obra humana.
Na visão dos dois, haveria um exército de desempregados. Com isso,
não haveria clientes para consumir produtos e serviços produzidos pelas
máquinas; o que tornaria os negócios insustentáveis, do ponto de vista de sua
lucratividade e existência.
O QUE FAZER?
Com a velocidade dos acontecimentos, impulsionados pelas novas
tecnologias, o ensino das formações acadêmicas tem sido rapidamente superado,
de acordo com a pesquisadora e administradora, Neidy Christo. Por isso, além de
capacitar-se de forma contínua, o profissional precisa estar disposto a
adquirir e fortalecer novas habilidades, disseminar informação, bem como incentivar
e praticar a inovação.
Ela enfatiza que para se aperfeiçoar, o administrador do futuro
também deverá ser criativo, curioso e flexível às novas mudanças. Àqueles que
procuram colocação profissional — ou para quem já está no mercado, porém meio
atordoado com tantas mudanças — Neidy recomenda a autorreflexão sobre como cada
um está lidando com o novo cenário.
Já Wolkan orienta os profissionais a aprenderem novas tecnologias
que surgiram em sua área de atuação, as que ele não conhece, mas precisa
aprender. E, além disso, se existe a possibilidade de sua profissão
desaparecer.
“Se alguma parte do seu trabalho pode ser sistematizada e tem uma
lógica ou padrão de atuação definido, há grande probabilidade dessa parte do
trabalho ser automatizada no futuro”, revela.
Wolkan ressalta, no entanto, que a área de administração presta
serviços estratégicos e, na maior parte das vezes, realiza o que chamou de
atividades relacionais. Por isso, permanece como profissão do futuro.
De acordo com a professora Anna Cherubina, da Fundação Getulio
Vargas (FGV), no campo da administração, fazer uma análise de tendências pode
ajudar o administrador
a prever quais áreas têm potencial de surgimento ou de crescer.
Desta forma, ela recomenda ir na direção contrária.
“Ao invés de procurar quais profissões irão acabar, o profissional
deve procurar aquelas que vão surgir, baseado nas necessidades dos segmentos
existentes, ou as que têm surgido e buscar nelas a qualificação e experiência
desejada pelo mercado de trabalho”, define.
FONTE: SANTOS, L. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO
31 Nº 134 JANEIRO/FEVEREIRO 2020. p 52 -55
RESENHANDO:
Estamos no século em que tudo acontece muito rápido, principalmente com relação a tecnologia. O cinema sempre fez filmes mostrando como seria o futuro, como: O Exterminador do Futuro, Robocop, Vingadores, Avatar entre tantos outros. O mais importante é que aquela realidade mostrada nos filmes, hoje, podermos presenciar com ênfase a velocidade dos acontecimentos, impulsionados pelas novas tecnologias. As empresas para se manter no mercado terão que acompanhar as novas tendências do mercado, e os profissionais que quiserem se manter nele terão que se qualificar e aprimorar seus conceitos nesta Era Digital.
ADM. CLAUDILÂNYO GONÇALVES
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