Primeiro
a falar sobre a ‘Quarta Revolução Industrial’ (ou Revolução 4.0), o presidente
do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, promete que o fenômeno é diferente
“de tudo o que a humanidade já experimentou” até hoje. Segundo ele, as novas
tecnologias integrarão os mundos físico, digital e biológico, bem como criarão
inúmeras possibilidades que nem mesmo são cogitadas pela maior parte da
população.
De
acordo com Schwab, há três razões para crer que há uma nova revolução em curso.
A primeira é a velocidade exponencial com que a tecnologia está acontecendo,
resultante da complexidade do mundo atual e da interconexão propiciada pela
internet. A segunda razão seria a amplitude e profundidade com que os hábitos e
modo de vida das pessoas têm mudado, em virtude das novas tecnologias. “A
revolução não está modificando apenas ‘o quê’ e o ‘como’ fazemos coisas, mas
também ‘quem’ somos”, afirmou no livro A Quarta Revolução Industrial.
O
terceiro indício seria o que chamou de impacto sistêmico. É a transformação de
sistemas inteiros entre países, tais como a forma e o papel que as empresas,
indústria e sociedade ganharam neste novo momento da história da humanidade.
Segundo a administradora e professora do Departamento de Administração, da
Universidade de Brasília (UnB), Debora Dorneles Barem, o mundo passou por
paradigmas ao longo da história e a revolução atual é uma delas. Ela explica
que o termo paradigma está associado a qualquer situação que leva a um novo começo.
“A
partir do momento em que uma nova situação se estabelece, e aquilo que havia
antes muda radicalmente, temos uma quebra de paradigma. O que vemos neste
momento é exatamente isso:
uma
mudança significativa de tudo como conhecemos até agora”, explica.
União
de tecnologias
A
integração tecnológica já existe entre áreas como Inteligência Artificial (IA),
Internet das Coisas, veículos autônomos e impressão 3D. Além disso, elas já
estariam integradas à nanotecnologia, biotecnologia, ‘Ciência dos Materiais’,
armazenamento de energia e computação quântica.
De
acordo com Klaus Schwab, o novo cenário exige a necessidade de repensar a
maneira como a liderança é exercida na atualidade. Por isso, seria preciso
haver maior compreensão sobre as mudanças, em resposta à quarta revolução
industrial, ao repensar os sistemas econômicos sociais e políticos.
“O
resultado disso é que nacional e globalmente, o quadro institucional necessário
para governar a difusão das inovações e atenuar as rupturas é, na melhor das
hipóteses, inadequado e, na pior, totalmente ausente”, analisa Schwab.
Disruptividade
Exemplos
de organizações disruptoras — que rompem com o modelo estabelecido até então —
já são conhecidas no mundo inteiro e já são sucesso entre a população
brasileira. Empresas como AirBnb, Uber e Alibaba, além de outras famosas tem
peculiaridades em comum.
O
Airbnb é o maior serviço de hospedagem do mundo, mas não possui nenhum imóvel,
o Uber é a maior empresa de transportes do mundo, mas igualmente não possui
veículos. E o Alibaba é o varejista mais valioso da atualidade, mas não possui
estoques.
Todos
eles se baseiam na conectividade e oferecem serviços que põem em contato
fornecedores, de produtos e serviços, com o consumidor final.O principal ponto
em comum, entre elas, é que revolucionaram o mercado em que atuam. Mudaram a
forma como os serviços são oferecidos, a lógica de mercado e reduziram os
custos para os clientes.
Biotecnologia
Nem
só de computadores e softwares giram a nova era. No campo da biologia houve
estrondoso desenvolvimento na área de genética. O Projeto Genoma, que custou
US$ 2,7 bilhões, atualmente permite que um exemplar seja sequenciado em poucas
horas, a custo de menos de mil dólares. “Em termos de avanço tecnológico, ele
permitiu aos cientistas não trabalhar mais por tentativa e erro — em vez disso,
eles testam como as variações genéticas específicas geram doenças e
características particulares”, relata Schwab.
As
recentes inovações incluem a biologia sintética, que agora está apta a escrever
o DNA de plantas, animais e pessoas. No caso humano, apenas questões éticas,
culturais e legais podem frear o desenvolvimento dessas possibilidades.
Impressoras
3Ds — combinadas com edição de genes — poderão fabricar tecidos celulares, bem
como sua reparação e regeneração, por meio de processo chamado bioimpressão
tridimensional. “A técnica já foi utilizada para criar pelo, osso, coração e
tecido vascular. Em algum momento, camadas impressas de células do fígado serão
usadas para criar órgãos transplantáveis”, antecipa Schwab.
Mercado
Segundo
dados do evento sobre mobilidade tecnologia e negócios, Welcome Tomorrow, a
indústria 4.0 - motor propulsor da Revolução 4.0 – deve atrair US$ 10 trilhões
de investimentos até 2030. Já de olho nas futuras oportunidades do mercado, o
empresário brasiliense Flávio Freitas, já preparou seu negócio para a inovação.
Junção de novas tecnologias e estratégias empresariais, o sócio proprietário da
“Comdono Imóveis” espera estrear sua empresa no novo cenário disruptivo. Ele
foi estudar tecnologia, pois sentiu fragilidade na falta de informações
disponíveis no mercado de imóveis, pertinentes à jornada de compra e venda.
Seu
modelo de negócio veio da experiência trabalhando com empresas construtoras, da
área de engenharia civil. Por isso, decidiu criar companhia de serviços de
inteligência imobiliária, utilizando novos métodos e tecnologias.
Sua
startup cadastra informações dos imóveis, produz imagens para publicidade e
levanta situação das propriedades, antes de disponibilizar os dados aos
compradores. Também avalia o preço do bem, gratuitamente, para o vendedor.
“Todos
esses serviços evitam que o mesmo imóvel seja oferecido com grande diferença de
preço, em diferentes sites de imóveis. Com isso, o comprador terá um valor
final bem mais baixo”, explica.
FONTE:
SANTOS, L. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 30 Nº 132 SETEMBRO/OUTUBRO
2019
RESENHANDO:
A
quarta Revolução Industrial, como ficou conhecida, envolvem as novas
tecnologias que unirão os mundos físicos, digitais e biológicos. Há 3 razoes
para que isso venha a acontecer.
Primeiro é a velocidade exponencial com que a tecnologia acontece, dando
resultados complexo do mundo e da interconexão propiciada pela internet.
Segundo é a amplitude e profundidade com que
os hábitos e o modo de vida das pessoas têm mudado com as novas
tecnologias. Terceiro é a transformação de sistemas inteiros em países, tais
como a aforma e o papel das empresas, indústrias e sociedade. Os paradigmas que
o mundo vem passando desencadeará essa nova revolução, levando a humanidade a
um novo começo. A junção tecnológica entre as áreas impulsionará o cenário a
lhe dar com novas tecnologias como a inteligência artificial, veículos autônomos e impressoras
3 D. O que víamos nos filmes há 30 anos, hoje já é realidade. Essa nova
revolução faz repensar os sistemas econômicos, sociais e políticos. A
disruptividade aborda o rompimento de modelos já existentes, criando nas
empresas novas formas de conectividades, oferecendo serviços que interliga
fornecedores diretamente ao consumidor final, reduzindo os custos com a
logística. Na parte da biotecnologia o desenvolvimento na área da genética em
especial sobre o projeto genoma que permite dar um sequenciamento em poucas
horas auxiliando na procura da cura para doenças existentes e futuras. Temos
também as inovações que envolve biologia
sintética e impressões em 3 D, a
fim de criar órgãos e tecidos que ajudam
a salvar vidas.
ADM.
CLAUDILANYO GONÇALVES

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