segunda-feira, 6 de julho de 2020

REVOLUÇÃO 4.0, CHEGOU? - ANO 04 – EDIÇÃO 47 – NOVEMBRO DE 2019





Primeiro a falar sobre a ‘Quarta Revolução Industrial’ (ou Revolução 4.0), o presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, promete que o fenômeno é diferente “de tudo o que a humanidade já experimentou” até hoje. Segundo ele, as novas tecnologias integrarão os mundos físico, digital e biológico, bem como criarão inúmeras possibilidades que nem mesmo são cogitadas pela maior parte da população.
De acordo com Schwab, há três razões para crer que há uma nova revolução em curso. A primeira é a velocidade exponencial com que a tecnologia está acontecendo, resultante da complexidade do mundo atual e da interconexão propiciada pela internet. A segunda razão seria a amplitude e profundidade com que os hábitos e modo de vida das pessoas têm mudado, em virtude das novas tecnologias. “A revolução não está modificando apenas ‘o quê’ e o ‘como’ fazemos coisas, mas também ‘quem’ somos”, afirmou no livro A Quarta Revolução Industrial.
O terceiro indício seria o que chamou de impacto sistêmico. É a transformação de sistemas inteiros entre países, tais como a forma e o papel que as empresas, indústria e sociedade ganharam neste novo momento da história da humanidade. Segundo a administradora e professora do Departamento de Administração, da Universidade de Brasília (UnB), Debora Dorneles Barem, o mundo passou por paradigmas ao longo da história e a revolução atual é uma delas. Ela explica que o termo paradigma está associado a qualquer situação que leva a um novo começo.
“A partir do momento em que uma nova situação se estabelece, e aquilo que havia antes muda radicalmente, temos uma quebra de paradigma. O que vemos neste momento é exatamente isso:
uma mudança significativa de tudo como conhecemos até agora”, explica.

União de tecnologias

A integração tecnológica já existe entre áreas como Inteligência Artificial (IA), Internet das Coisas, veículos autônomos e impressão 3D. Além disso, elas já estariam integradas à nanotecnologia, biotecnologia, ‘Ciência dos Materiais’, armazenamento de energia e computação quântica.
De acordo com Klaus Schwab, o novo cenário exige a necessidade de repensar a maneira como a liderança é exercida na atualidade. Por isso, seria preciso haver maior compreensão sobre as mudanças, em resposta à quarta revolução industrial, ao repensar os sistemas econômicos sociais e políticos.
“O resultado disso é que nacional e globalmente, o quadro institucional necessário para governar a difusão das inovações e atenuar as rupturas é, na melhor das hipóteses, inadequado e, na pior, totalmente ausente”, analisa Schwab.

Disruptividade

Exemplos de organizações disruptoras — que rompem com o modelo estabelecido até então — já são conhecidas no mundo inteiro e já são sucesso entre a população brasileira. Empresas como AirBnb, Uber e Alibaba, além de outras famosas tem peculiaridades em comum.
O Airbnb é o maior serviço de hospedagem do mundo, mas não possui nenhum imóvel, o Uber é a maior empresa de transportes do mundo, mas igualmente não possui veículos. E o Alibaba é o varejista mais valioso da atualidade, mas não possui estoques.
Todos eles se baseiam na conectividade e oferecem serviços que põem em contato fornecedores, de produtos e serviços, com o consumidor final.O principal ponto em comum, entre elas, é que revolucionaram o mercado em que atuam. Mudaram a forma como os serviços são oferecidos, a lógica de mercado e reduziram os custos para os clientes.

Biotecnologia

Nem só de computadores e softwares giram a nova era. No campo da biologia houve estrondoso desenvolvimento na área de genética. O Projeto Genoma, que custou US$ 2,7 bilhões, atualmente permite que um exemplar seja sequenciado em poucas horas, a custo de menos de mil dólares. “Em termos de avanço tecnológico, ele permitiu aos cientistas não trabalhar mais por tentativa e erro — em vez disso, eles testam como as variações genéticas específicas geram doenças e características particulares”, relata Schwab.
As recentes inovações incluem a biologia sintética, que agora está apta a escrever o DNA de plantas, animais e pessoas. No caso humano, apenas questões éticas, culturais e legais podem frear o desenvolvimento dessas possibilidades.
Impressoras 3Ds — combinadas com edição de genes — poderão fabricar tecidos celulares, bem como sua reparação e regeneração, por meio de processo chamado bioimpressão tridimensional. “A técnica já foi utilizada para criar pelo, osso, coração e tecido vascular. Em algum momento, camadas impressas de células do fígado serão usadas para criar órgãos transplantáveis”, antecipa Schwab.

Mercado

Segundo dados do evento sobre mobilidade tecnologia e negócios, Welcome Tomorrow, a indústria 4.0 - motor propulsor da Revolução 4.0 – deve atrair US$ 10 trilhões de investimentos até 2030. Já de olho nas futuras oportunidades do mercado, o empresário brasiliense Flávio Freitas, já preparou seu negócio para a inovação. Junção de novas tecnologias e estratégias empresariais, o sócio proprietário da “Comdono Imóveis” espera estrear sua empresa no novo cenário disruptivo. Ele foi estudar tecnologia, pois sentiu fragilidade na falta de informações disponíveis no mercado de imóveis, pertinentes à jornada de compra e venda.
Seu modelo de negócio veio da experiência trabalhando com empresas construtoras, da área de engenharia civil. Por isso, decidiu criar companhia de serviços de inteligência imobiliária, utilizando novos métodos e tecnologias.
Sua startup cadastra informações dos imóveis, produz imagens para publicidade e levanta situação das propriedades, antes de disponibilizar os dados aos compradores. Também avalia o preço do bem, gratuitamente, para o vendedor.
“Todos esses serviços evitam que o mesmo imóvel seja oferecido com grande diferença de preço, em diferentes sites de imóveis. Com isso, o comprador terá um valor final bem mais baixo”, explica.

FONTE: SANTOS, L. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 30 Nº 132 SETEMBRO/OUTUBRO 2019

RESENHANDO:

A quarta Revolução Industrial, como ficou conhecida, envolvem as novas tecnologias que unirão os mundos físicos, digitais e biológicos. Há 3 razoes para que isso  venha a acontecer. Primeiro é a velocidade exponencial com que a tecnologia acontece, dando resultados complexo do mundo e da interconexão propiciada pela internet. Segundo é a amplitude e profundidade com que  os hábitos e o modo de vida das pessoas têm mudado com as novas tecnologias. Terceiro é a transformação de sistemas inteiros em países, tais como a aforma e o papel das empresas, indústrias e sociedade. Os paradigmas que o mundo vem passando desencadeará essa nova revolução, levando a humanidade a um novo começo. A junção tecnológica entre as áreas impulsionará o cenário a lhe dar com novas tecnologias como a inteligência  artificial, veículos autônomos e impressoras 3 D. O que víamos nos filmes há 30 anos, hoje já é realidade. Essa nova revolução faz repensar os sistemas econômicos, sociais e políticos. A disruptividade aborda o rompimento de modelos já existentes, criando nas empresas novas formas de conectividades, oferecendo serviços que interliga fornecedores diretamente ao consumidor final, reduzindo os custos com a logística. Na parte da biotecnologia o desenvolvimento na área da genética em especial sobre o projeto genoma que permite dar um sequenciamento em poucas horas auxiliando na procura da cura para doenças existentes e futuras. Temos também as inovações que envolve biologia  sintética e impressões  em 3 D, a fim de criar órgãos e tecidos que ajudam  a salvar vidas.

ADM. CLAUDILANYO GONÇALVES

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