segunda-feira, 6 de julho de 2020

NEUROMARKETING - ANO 04 – EDIÇÃO 46 – OUTUBRO DE 2020




Quem nunca consumiu por impulso que atire a primeira pedra. Sabe aquele cheiro que te remete alguma lembrança do passado o aquela cor que, mesmo sem você te consciência, te leva a consumir mais.
O Neuromarketing não é novidade no mundo, mas no Brasil é relativamente novo. Envolve principalmente neurociência e neuroeconomia, além de integrar áreas do conhecimento como marketing, antropologia, psicologia e biologia. Tem como objetivo gerar maior impacto na mente das pessoas.
“A emoção é a variável mais importante no processo de tomada de decisão”, explica Julian Frenk — responsável pelo desenvolvimento de projetos de pesquisas neurocientíficas, aplicados aos campos de marketing e comunicação da Nielsen, empresa global de pesquisas de mercado, com atuação no Brasil.
Com a evolução do marketing, a neurociência aplicada passou a ser utilizada para saber, literalmente, o que se passa na cabeça das pessoas, quando são expostas a determinados tipos de publicidade, produtos e marcas. Ferramentas de neurociência como eletroencefalograma (EEG), Eye-Tracking e medidas de biometria ajudam a medir as reações cerebrais e físicas das pessoas, quando estimuladas por materiais de comunicação.
Pesquisas de neuromarketing já descobriram que peças publicitárias que utilizam apelo sexual não chamam atenção das áreas cerebrais relacionadas à memória e tomada de decisão, responsáveis pela decisão de compra. Mas um leve cheiro de melão mantém as pessoas por mais tempo dentro das lojas, enquanto o de baunilha aumenta as vendas de roupas femininas.
Cada cor tem uma influência bem específica no comportamento do ser humano. Estudos comprovam que ela representa 85% da razão pela qual um indivíduo compra um produto.
Ela explica que o consumidor não compra necessariamente de forma consciente, ele é motivado pelas memórias e emoções que ele viveu na infância. “É o que chamamos de marcadores somáticos”, explica a administradora e professora universitária de gestão de marketing, Luciana Lanchote.
Apesar do avanço no segmento, o Brasil ainda engatinha em relação a países da Europa, com destaque para a Alemanha, e aos EUA. Segundo o cofundador e diretor do Instituto Brasileiro de Neuromarketing e Neuroeconomia (IBN), Guilherme Ferris, falta no Brasil desenvolvimento científico nas universidades, o que acarreta em pouca originalidade acerca do tema. “A gente não cria, não desenvolve uma pesquisa de forma original. Replica algo que é feito fora”, diz.
Há, também um gargalo com relação à democratização dos estudos, pois diversas empresas não conseguem realizá-las, em virtude de os equipamentos serem muito mais caros do que o investimento em pesquisas convencionais. “Há três empresas que desenvolvem esse tipo de projeto no país: o Instituto Brasileiro de Neuromarketing e Neuroeconomia; a Forebrain – que é uma incubadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro – e a Nielsen. Nenhuma delas atua há mais de dez anos aqui no Brasil, e isso já mostra o quão recente é o tema por aqui, em comparação a outros países que tiveram essas pesquisas, iniciadas no final dos anos 1990”, explica Ferris. As vantagens do Neuromarketing para organizações são grandes. Por meio da neurociência, um produto ou projeto pode ser estudado desde a fase embrionária, evitando desperdício de verbas com produção ou com anúncios, por meio de uma análise prévia.
“O intuito é saber o que de fato funciona, e o que não funciona na cabeça do consumidor. Desde uma peça publicitária, lançamento do produto, até estratégia de branding; tudo isso pode ser analisado previamente e ser melhor elaborado, sendo muito mais assertivo”, complementa.

FONTE: VENTURA, E. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 30 Nº 132 SETEMBRO/OUTUBRO 2019.

RESENHANDO:

Chegamos a uma etapa empresarial, onde a comunicação, através do marketing passa por grandes evoluções nesses últimos 10 anos. E temos novas ferramentas que une a ciência e a economia. Falamos da NEUROMARKETING. No mundo já se estuda há bastante tempo, já no Brasil o tema é novo e é uma ramificação da área do marketing, e tem como objetivo gerar maior impacto na mente das pessoas. Desse modo, o estudo mostra a forma como as pessoas reagem diante da exposição de determinadas publicidades, o que faz com que as empresas comecem a ver que cheiros e cores são responsáveis por 85% das compras dos consumidores, pois não compram de forma consciente, são motivados pelas emoções que viveram em uma determinada fase de suas vidas. As vantagens são grandes, por que o NEUROMARKETING implementada na empresa de uma forma correta desde a fase embrionária de um produto, evitará desperdício de verbas com produção ou anúncios. Essa vertente do conhecimento humano se posiciona com riscos latentes que devem ser considerados. Tem que criar uma concorrência mais ética, por causa da difícil forma de abordar o cliente até o ponto em que a empresa entrega o produto ou serviço final ao consumidor. Assim fica o questionamento até que ponto a empresa supri a necessidade do cliente? E até que ponto a empresa manipula – o.

ADM. CLAUDILÂNYO GONÇALVES 

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