No célebre poema
“Navegar é preciso”, o poeta português, Fernando Pessoa, parecia prever o
cenário disruptivo atual, ao afirmar que “viver não é necessário, o que é
necessário é criar”. A última palavra do verso poderia ser tranquilamente
substituída por ‘inovar’.
Palavra de
primeira ordem em indústrias, comércios e até mesmo no mercado de trabalho, o
tema 'inovação' tem atraído, cada vez mais, a atenção das organizações. Os
motivos seriam as rápidas mudanças ocorridas no mundo — sobretudo, nas últimas
duas décadas — e a introdução de novas tecnologias que prometem sacudir o mundo
nos próximos anos.
De acordo com o
professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rubens Massa,
inovação significa “romper com os costumes vigentes para reconstrução de algo
novo”. No entanto, ele explica que até há pouco tempo, na prática, inovar
estava mais atrelado ao prisma incremental, de melhorar algo já existente.
“Estamos vivendo
um momento singular na história da humanidade. Há esta mudança de paradigma, ao
rompermos com uma realidade existente, na medida em que as novas tecnologias
trazem cada vez mais a ideia de disrupção”, analisa.
Segundo Massa, o
mercado está cada vez mais imprevisível, por isso, o planejamento não deve ser
mais pensado em longo prazo, mas, sim, de ciclos curtos, de no máximo dois
anos.
Ele ressalta que
a visão e a missão das empresas ainda podem ser idealizadas em prazos mais
extensos, por se tratar, respectivamente, de objetivos que as organizações
buscam para o futuro e a justificativa de elas existirem.
Já a inovação
passaria pelo que chamou de ciclo de descoberta. De acordo com esta lógica, a
experimentação dita os passos seguintes do processo de planejamento. As
hipóteses seriam testadas em determinados cenários.
“Abre-se mão da
certeza e se aprende a conviver com o caos, que neste caso é representado pelos
cenários de incertezas. Aceitamos que existem situações exóticas e inesperadas,
e aprendemos a dialogar com elas”, explicou.
Devido à sua
importância estratégica para as organizações, o tema foi abordado em palestra,
no Fórum Internacional de Administração (FIA), edição 2019. Na ocasião, o
administrador e professor da Fundação Fernando Pessoa, de Portugal, Miguel
Trigo, explicou que é preciso entender o contexto atual de disruptividade,
necessário para captar a essência sobre como inovar de forma assertiva.
Trigo explicou
que a tecnologia diminuiu a distância entre concorrentes de diferentes portes,
sejam eles: grande, pequeno, médio ou micro. A internet, segundo o pesquisador
português, proporcionou alcance a mercados, antes sequer cogitados.
“Atualmente, não
está claro quem são os concorrentes do setor onde se atua, em razão de eles
poderem estar em qualquer lugar do mundo.
O mundo digital
proporcionou alcance inimaginável, de produtos e serviços, bem como desbancou
vantagens competitivas que as grandes organizações possuíam, mas já não possuem
mais”, destacou.
As novas
tecnologias também facilitaram montar novos negócios, com número de
funcionários cada
vez mais
reduzidos. O foco, segundo Trigo, está no desenvolvimento de produtos e
serviços e, acima de tudo, no cliente.
Outro aspecto
relevante, para ele, é o fato de os novos modelos de negócios estarem apoiados
em tecnologia de baixo custo. Eles fortalecem a marca com Branding e Design
para apenas depois gerarem produtos e serviços inovadores.
“O consumidor
tem cada vez mais conhecimento, devido à facilidade de obter informação e, com
isso, maior poder de escolha. Ele tornou-se mais exigente com relação a
empresas e marcas, e na maior parte das vezes estão à frente em termos de
tendências”, revelou Trigo.
FONTE:
SANTOS, L. . REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 30 Nº 132
SETEMBRO/OUTUBRO 2019. p. 32-37
RESENHANDO:
Falamos
abertamente, atualmente, de um processo chamado de INOVAÇÃO, que é muito
atribuída em indústrias, comércios e empresas. A mudança que o mundo passa é
devido as tecnologias que são diariamente renovados e as instituições precisam
acompanhar o desenvolvimento delas. Como o mercado está cada vez mais imprevisível
a disrupção é eminente. Hoje, a inovação passa pelo CICLO DA DESCOBERTA, onde
foca no planejamento. Para termo a afirmação do processo de inovação temos que
planejar e fazer com que as tecnologias encurtem caminhos e avance na logística
entre empresa, fornecedor e cliente final. A era digital alcança muitas
pessoas, através de serviços e produtos sendo usada como ferramenta competitiva
entre empresas. Assim temos 6 fases desse ciclo: 1- OBJETIVO QUE SE DESEJA
ALCANÇAR. 2- HIPOTESES. 3 – TESTAR AS HIPOTESES. 4 – AVALIAR OS RESULTADOS
OBTIDOS. 5 – IMPACTO DA DESCOBERTA. 6 – MODIFICA A VISÃO DE FUTURO.
ADM.
CLAUDILANYO GONÇALVES
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