segunda-feira, 6 de julho de 2020

INOVAÇÃO, SAINDO DO CAOS - ANO 05 – EDIÇÃO 49 – JANEIRO DE 2020




No célebre poema “Navegar é preciso”, o poeta português, Fernando Pessoa, parecia prever o cenário disruptivo atual, ao afirmar que “viver não é necessário, o que é necessário é criar”. A última palavra do verso poderia ser tranquilamente substituída por ‘inovar’.
Palavra de primeira ordem em indústrias, comércios e até mesmo no mercado de trabalho, o tema 'inovação' tem atraído, cada vez mais, a atenção das organizações. Os motivos seriam as rápidas mudanças ocorridas no mundo — sobretudo, nas últimas duas décadas — e a introdução de novas tecnologias que prometem sacudir o mundo nos próximos anos.
De acordo com o professor e pesquisador da Fundação Getulio Vargas (FGV), Rubens Massa, inovação significa “romper com os costumes vigentes para reconstrução de algo novo”. No entanto, ele explica que até há pouco tempo, na prática, inovar estava mais atrelado ao prisma incremental, de melhorar algo já existente.
“Estamos vivendo um momento singular na história da humanidade. Há esta mudança de paradigma, ao rompermos com uma realidade existente, na medida em que as novas tecnologias trazem cada vez mais a ideia de disrupção”, analisa.
Segundo Massa, o mercado está cada vez mais imprevisível, por isso, o planejamento não deve ser mais pensado em longo prazo, mas, sim, de ciclos curtos, de no máximo dois anos.
Ele ressalta que a visão e a missão das empresas ainda podem ser idealizadas em prazos mais extensos, por se tratar, respectivamente, de objetivos que as organizações buscam para o futuro e a justificativa de elas existirem.
Já a inovação passaria pelo que chamou de ciclo de descoberta. De acordo com esta lógica, a experimentação dita os passos seguintes do processo de planejamento. As hipóteses seriam testadas em determinados cenários.
“Abre-se mão da certeza e se aprende a conviver com o caos, que neste caso é representado pelos cenários de incertezas. Aceitamos que existem situações exóticas e inesperadas, e aprendemos a dialogar com elas”, explicou.
Devido à sua importância estratégica para as organizações, o tema foi abordado em palestra, no Fórum Internacional de Administração (FIA), edição 2019. Na ocasião, o administrador e professor da Fundação Fernando Pessoa, de Portugal, Miguel Trigo, explicou que é preciso entender o contexto atual de disruptividade, necessário para captar a essência sobre como inovar de forma assertiva.
Trigo explicou que a tecnologia diminuiu a distância entre concorrentes de diferentes portes, sejam eles: grande, pequeno, médio ou micro. A internet, segundo o pesquisador português, proporcionou alcance a mercados, antes sequer cogitados.
“Atualmente, não está claro quem são os concorrentes do setor onde se atua, em razão de eles poderem estar em qualquer lugar do mundo.
O mundo digital proporcionou alcance inimaginável, de produtos e serviços, bem como desbancou vantagens competitivas que as grandes organizações possuíam, mas já não possuem mais”, destacou.
As novas tecnologias também facilitaram montar novos negócios, com número de funcionários cada
vez mais reduzidos. O foco, segundo Trigo, está no desenvolvimento de produtos e serviços e, acima de tudo, no cliente.
Outro aspecto relevante, para ele, é o fato de os novos modelos de negócios estarem apoiados em tecnologia de baixo custo. Eles fortalecem a marca com Branding e Design para apenas depois gerarem produtos e serviços inovadores.
“O consumidor tem cada vez mais conhecimento, devido à facilidade de obter informação e, com isso, maior poder de escolha. Ele tornou-se mais exigente com relação a empresas e marcas, e na maior parte das vezes estão à frente em termos de tendências”, revelou Trigo.

FONTE: SANTOS, L. . REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 30 Nº 132 SETEMBRO/OUTUBRO 2019. p. 32-37

RESENHANDO:

Falamos abertamente, atualmente, de um processo chamado de INOVAÇÃO, que é muito atribuída em indústrias, comércios e empresas. A mudança que o mundo passa é devido as tecnologias que são diariamente renovados e as instituições precisam acompanhar o desenvolvimento delas. Como o mercado está cada vez mais imprevisível a disrupção é eminente. Hoje, a inovação passa pelo CICLO DA DESCOBERTA, onde foca no planejamento. Para termo a afirmação do processo de inovação temos que planejar e fazer com que as tecnologias encurtem caminhos e avance na logística entre empresa, fornecedor e cliente final. A era digital alcança muitas pessoas, através de serviços e produtos sendo usada como ferramenta competitiva entre empresas. Assim temos 6 fases desse ciclo: 1- OBJETIVO QUE SE DESEJA ALCANÇAR. 2- HIPOTESES. 3 – TESTAR AS HIPOTESES. 4 – AVALIAR OS RESULTADOS OBTIDOS. 5 – IMPACTO DA DESCOBERTA. 6 – MODIFICA A VISÃO DE FUTURO.

ADM. CLAUDILANYO GONÇALVES


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