segunda-feira, 6 de julho de 2020

COMO PROTEGER SUA EMPRESA? - ANO 05 – EDIÇÃO 50 – FEVEREIRO DE 2020




Escândalos de desfalques, fraudes e corrupções em instituições públicas e privadas  fizeram com que o segmento de Gestão de Risco aumentasse sua importância substancialmente no Brasil, nos últimos anos. Exemplos são muitos e vão desde desfalques na Petrobras - que levou à visibilidade nacional da Operação Lava Jato - até fraudes e desfalques no Banco Panamericano, que pertencia ao apresentador e empresário, Sílvio Santos.
Pesquisa realizada pela empresa de consultoria e auditoria KPMG, denominada CIO 2018, destacou o gerenciamento de ameaças — em especial os operacionais e de segurança de informação — como prioridade para os 4 mil gestores e executivos, consultados na entrevista. De acordo com o estudo, houve aumento de 25%, em relação ao ano anterior, no número de executivos que agora passaram a priorizar o segmento como ferramenta imprescindível contra possíveis ameaças ao negócio em que trabalham.
No mesmo levantamento, os gestores também relataram que ações de gestão de risco podem aumentar o lucro de empresas em até 38%, em relação aos concorrentes. Os dados da KPMG ainda mostram que o procedimento contribui para criar e melhorar relacionamentos comerciais entre as
instituições.
Segundo o auditor de Controle Interno, Lúcio Carlos de Pinho Filho, o segmento contempla atividades organizacionais cuja finalidade é a identificação, análise, avaliação, registro e tratamento de ações e informações.
O segmento contempla medidas que reduzem a probabilidade de ocorrências e mantém as ameaças em níveis controláveis. O termo  risco, segundo Pinho, possui mais de uma interpretação, significado ou sentido. No mundo corporativo pode ser enfocado o efeito, ou impacto, e as incertezas: neste caso, mercado, tecnologia, economia e cultura — nos objetivos organizacionais.
Ele ressalta que as organizações estão sujeitas a fragilidades, em virtude de as estratégias organizacionais visarem o futuro. A gestão, neste caso, teria o propósito de auxiliar as organizações a atuarem de modo mais efetivo em contextos complexos.
A vulnerabilidade pode, também, abrir possibilidades para o desenvolvimento. “Incertezas representam riscos, mas também oportunidades. Tem potencial para destruir ou agregar valor, se bem trabalhadas”, ressalta Pinho.
Entre as diferentes classificações existentes, os riscos podem ser considerados operacionais, táticos ou estratégicos. Os operacionais estão atrelados às ações empregadas no dia a dia, e os táticos aos planejamentos bem ou mal executados. Os estratégicos são vinculados às ações inseridas ainda na fase de planejamento e que podem, ou não, corresponder à realidade do que é esperado.
O processo de gestão neste segmento, em âmbito corporativo, consiste em três etapas, são elas: a identificação, avaliação e tratamento das vulnerabilidades. A primeira, ‘identificação’, está relacionada à análise de possíveis situações de fragilidades, de acordo com o tipo de negócio da em-
presa e as situações mais frequentes ou possíveis.
O segundo, ‘avaliação’, analisa e estipula graus de possibilidades, conforme as ocorrências vividas — em relação à outras empresas ou à própria instituição. Também analisa pontos fortes e fracos da empresa.
Já o terceiro, são as ações de prevenção em si: seja contra históricos já sucedidos na empresa ou soluções contra situações prováveis de acontecer. “Analisar riscos é não apenas prever possibilidades, mas também analisar pontos de vulnerabilidades da empresa e saná-los, antes de acontecer”, diz o professor e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Fábio Lotti.

VANTAGENS

Entre as vantagens de desenvolver a gestão de riscos em uma empresa está a estruturação de um processo decisório mais assertivo que dê suporte a elaboração de decisões embasadas. Além de proteger o valor organizacional, por intermédio da exploração racional de oportunidades é possível
enfrentar novos desafios, com a redução de perdas operacionais e melhoria contínua de processos.
Segundo Lotti, a gestão de vulnerabilidade é um processo estruturado que visa tratar de forma mais eficiente e eficaz as incertezas envolvidas nas atividades organizacionais. Ela permite, ainda, a conquista dos objetivos organizacionais e antecipa o processo decisório na empresa.
O pesquisador revela o formato ideal ou como deve ser composto o comitê de risco. “O ideal é que uma organização tenha uma estrutura descentralizada, com existência de comitês, em nível operacional, que reportam as fragilidades aos comitês de nível tático. E, sucessivamente, reportam as informações identificadas ao comitê central, no nível estratégico”, analisa.
De acordo com o autor Alexey Sidorenko, o fator cultural das empresas é tão relevante quanto o gerenciamento de fragilidades, em si. Ele vai além, ao afirmar que 10% da gestão de risco é processo (gerenciamento) e 90% cultura organizacional: práticas que minimizam a probabilidade de
insegurança.
Nesse sentido, o patrocínio das lideranças, a capacitação e o engajamento contínuo dos colaboradores é fundamental para o êxito desse tipo de iniciativa, uma vez que os problemas, as mudanças, ocorrem todos os dias e, a cada dia, é necessário a busca criativa de soluções”, analisa Pinho.

FONTE: SANTOS, L. G. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 30 Nº 133 NOVEMBRO/DEZEMBRO 201. p. 24 - 29

RESENHANDO:

O cenário empresarial nos últimos anos vem passando por inúmeros escândalos, seja no setor público, seja no setor privado. Isso tudo  por que não tiveram uma gestão de risco que as orientassem corretamente, o que fez com falissem antes de tentar remediar os problemas. Nessa nova década, os empresários estão priorizando a gestão de risco a fim de minimizar as ameaças que possam atrapalhar os negócios. O Termo RISCO no mundo corporativo é dito com efeito ou impacto e até mesmo incertezas. Todas as instituições estão sujeitas a  fragilidades, que se não tiver uma boa estratégia de contenção pode se tornarem vulneráveis no mercado. Temos 3 tipos de riscos:
1- OPERACIONAIS. 2 – TÁTICOS. 3 – ESTRATÉGICOS. Assim temos também 3 tipos de etapas: 1 – IDENTIFICAÇÃO. 2 - AVALIAÇÃO. 3 – VULNERABILIDADE. Para se tomar decisões dentro de uma empresa é preciso estruturar todas áreas e analisar os riscos internos e externos. Assim, temos que entender que as escolhas certas são quando as organizações descentraliza os setores atingindo toda a cultura organizacional que se utiliza de ferramentas de gestão que auxilia nas escolhas de forma criativa e inovadora.

ADM. CLAUDILANYO GONÇALVES


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