segunda-feira, 6 de julho de 2020

ERA TECNOLÓGICA - ANO 04 – EDIÇÃO 44 – AGOSTO DE 2019



Em 20 de julho de 1969, a humanidade deu salto que mudaria os rumos da história. Por meio da missão Apollo 11, os astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin pousaram na Lua com o módulo lunar Eagle e, desde então, o mundo tem vivido rápida mudança tecnológica que influenciou todo o estilo de vida atual. A história das missões espaciais começou em 1919, quando o engenheiro Robert Goddard publicou o ensaio “Método de Alcançar Extremas Altitudes”, que previa o uso de foguetes como mecanismo de propulsão de aeronaves. A tecnologia seria utilizada, inicialmente, em aviões de combate e tinha o objetivo de alcançar zonas aéreas mais altas, onde naves inimigas não pudessem abatê-las. Mais tarde, na Alemanha nazista (1944), foi lançado o primeiro foguete a atingir o espaço, o V-2, que atingia mais de 170 km de altitude. Os alemães tinham como objetivo desenvolver arma que vencesse, em definitivo, a Segunda Guerra Mundial.
Com a vitória dos aliados, o programa alemão ficou estagnado e deu lugar a duas novas potências militares emergentes: os Estados Unidos e a União Soviética - composta pela atual Rússia e países vizinhos a ela, hoje independentes. Os soviéticos foram os pioneiros a lançar um satélite ao espaço, o Sputnik 1, em 1957.
Anos depois, em 1961, Moscou lançou o primeiro voo tripulado ao redor da Terra, o Volstok, levando o astronauta Yuri Gagarin. No auge da guerra fria, ainda na década de 1960, os americanos temiam ser ultrapassados na corrida espacial e armamentista. Por isso, agilizaram seu programa espacial, com receio de  que os soviéticos desenvolvessem armas que pudessem vencê-los. De acordo com o livro “Missão Apollo - A Incrível História da Corrida à Lua”, do autor americano David Baker, o empenho americano surtiu efeito e possibilitou que, em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong e Buzz Aldrin pousassem o módulo Eagle na Lua. Os astronautas ficaram duas horas e quinze minutos fora da nave e coletaram 21,5 Kg de material do solo.
A nave que levou os astronautas da Terra à Lua era composta por três partes. A primeira continha o módulo de comando e era uma cabine semelhante ao cockpit de um carro; por lá controlavam o voo, desde a Terra até a Lua.
A segunda parte, o módulo de serviço, continha o material de propulsão dos foguetes e servia como despensa  nele havia reservatórios de energia elétrica, oxigênio e água. Já a terceira parte era formada por módulo lunar, dividido em dois estágios, sendo um para descida e outro para subida de
volta à nave Apollo. A parte usada para descida foi chamada de Saturno V e fazia parte do terceiro estágio da viagem de três dias: desde a decolagem da nave-mãe até a entrada na órbita da Lua. Após a descida, os astronautas foram para o módulo Eagle, que ficou estacionado no satélite.
O pouso foi assistido ao vivo mundialmente, ocasião que Armstrong eternizou a frase “É um pequeno passo para o homem, um passo gigante para a humanidade”. Depois da Apollo 11, os americanos viajaram à Lua mais cinco vezes. Anos depois, os americanos continuaram com os projetos Skylab, Ônibus Espacial e, finalmente, programas em conjunto (com a Rússia, Canadá, Japão e União Europeia) e até chegar na cooperação internacional que desenvolveu a Estação Espacial Internacional.
O projeto Apollo 11 proporcionou desenvolvimento desde a primeira viagem do homem à Lua, como também incentivou exponencial avanço tecnológico. Inovações encontradas na atualidade estão diretamente relacionadas à saga espacial de 1969. De acordo com o professor e pesquisador do curso de Engenharia Mecânica, da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Veras, o primeiro benefício trazido pelo Projeto Apollo foi em relação ao peso dos materiais. A massa dos objetos levados ao espaço deveria ser menor para economizar energia na propulsão.
“Era necessário você economizar massa. Por isso, os materiais tinham que ser mais capazes, do ponto de vista de qualidade estrutural, e tinham que ficar mais leves, mais eficientes”, explica.
Outro avanço necessário para a viagem do foguete até a Lua foi a substituição de painéis analógicos
por circuitos integrados. Isso reduziu o peso dos controles, no sistema de navegação da nave Apollo 11, bem como acelerou a evolução das tecnologias de microchips.
Após o lançamento da nave, e ao longo da década de 1970, a Nasa passou a consumir até 60% dos microchips produzidos pela indústria americana. De acordo com Veras, o dispositivo é a base da tecnologia utilizada hoje nos computadores, smartphones e tablets.
Na indústria têxtil, os trajes dos astronautas exigiam proteção contra raios solares, uma vez que sem a proteção dos gases que protegem o planeta Terra, eles são prejudiciais à saúde humana. Além da tecnologia de refrigeração contra o calor e a radiação do Sol, os trajes espaciais serviram de base para o desenvolvimento da roupa de proteção utilizada atualmente pelo Corpo de Bombeiros - que protegem o corpo contra a exposição ao fogo.
Outra invenção originada deste período foi a filtragem de materiais tóxicos da água, a partir de urina. Com a limitação de peso no transporte espacial, era necessário haver limitação da quantidade de água a bordo. “Hoje, além da tecnologia de filtragem de água, temos também as máquinas de filtragem de sangue, utilizadas nos tratamentos de hemodiálise. O marca-passo, usado para controlar os batimentos cardíacos dos astronautas, também foi outro grande experimento surgido das viagens espaciais”, esclarece o pesquisador.
Segundo Veras, o projeto espacial ainda influenciou no desenvolvimento de tecnologias básicas, sobretudo, na comunicação, uma vez que era preciso desenvolver uma comunicação entre a Terra e os astronautas que estavam na Lua. Na extensão dos projetos militares e espaciais surgiram invenções como a internet e, posteriormente, os smartphones - que caíram no gosto popular e ganharam dimensão social até então inédita, na história da humanidade.
Do final da década de 1990 - quando a internet tornou-se acessível a civis -, até a segunda década dos anos 2000, povos de todo o mundo viram seu dia a dia ser mudado por tecnologias. Elas mudaram sua rotina básica, desde a forma de comunicação até a compra de comida ou maneiras de transporte.
“Em pouco tempo, vimos um contexto muito rápido de disruptividade (tecnologia estabelecida no mercado, substituída por outra mais evoluída) com a internet das coisas (presença de internet em dispositivos como casa, carro e geladeira) e instituição de novas maneiras até mesmo de lidar com dinheiro, como as moedas virtuais. É difícil saber o que nos aguarda daqui a 20 anos, mas será muito interessante”, avalia.

FONTE:  http://revistarba.org.br/ REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO
ANO 30 Nº 131 JULHO/AGOSTO 2019. p. 26 -29
  
RESENHANDO:

Tudo se inicia com o planejamento em 1919, onde a tecnologia que estava em desenvolvimento seria para fazer as aeronaves voares mais altas, a fim de em uma guerra elas poderem voar mais alto e assim surpreender o inimigo abatendo – as. Em 20 de Julho de 1969, a humanidade deu um salto tecnológico com a ida de seus humanos a lua. Isso se deu através de muitas pesquisas e hoje temos grandes invenções, graças as criações feitas para aquela ocasião. Tais como: 1 – peso de materiais, como forma de economizar energia na propulsão. 2 – Substituição de painéis analógicos por circuitos integrados. 3 – Acelerou a evolução das tecnologias de microchips. Que deram origem aos computadores, smartphones, tablet e etc. 4 – Os trajes de proteção contra os raios UV. 5 - Filtragem de materiais tóxicos da água, a partir da urina. Hoje esse método é usado nos hospitais em paciente que fazem hemodiálise. 6 – O marca-passo usado para controlar os batimentos cardíacos dos astronautas. 7 – A internet como forma de comunicação, a priori, militar, porém com o passar dos anos ficou acessível a todos. Isso em finais dos anos 90 e começo dos anos 2000.

ADM. CLAUDILÂNYO GONÇALVES 

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