quinta-feira, 25 de agosto de 2022

ECONOMIA CIRCULAR - ANO 07 - EDIÇÃO 82 - MAIO DE 2022



A Quarta Revolução Industrial (Revolução 4.0), cuja tecnologia tomou protagonismo nas indústrias, comércios e processos — somada ao choque de realidade causado pela pandemia — fez com que dezenas de países se voltassem a debater novos modelos de negócios, de saúde e qualidade de vida. Um deles é a adoção da economia circular, que prega objetivos como diminuição de resíduo e poluição, por meio de longos ciclos de vida de materiais.

Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), o Brasil perde cerca de R$ 8 bilhões, por ano, ao deixar de reciclar material com possibilidade de reaproveitamento. Para o doutor em administração, Gustavo Nobre, pesquisador da Coppead/ UFRJ, a economia circular pode ser a resposta para solucionar dezenas de problemas ambientais e dinamizar a economia, por meio da geração de novos negócios e empregos.

Nobre, que é pesquisador nas áreasde economia circular e Revolução 4.0, explica que o modelo econômico prevê nova proposta no desenvolvimento de produtos e serviços, que incluem desde o uso racional na extração de recursos até a transformação da indústria à realidade socioambiental.

Ao final de sua vida útil, os materiais regressam aos processos de fabricação, ou, no caso de resíduos orgânicos, ao devido tratamento e retorno ao meio ambiente, de forma segura, como em ciclo regenerativo natural.

“Esse modelo opera criando valor nos níveis macro, meso e micro econômicos e explora ao máximo o nested concept (conceito que significa voltar e servir a sociedade). Nele, as fontesde energia utilizadas são limpas, renováveis e o uso e consumo de recursos são eficientes”, resume.

O pesquisador diz que já na fase de criação e produção dos itens são pensadas fontes alternativas para substituir materiais poluentes. Além dos produtos em si, também são pensados novos formatos de embalagens, com design que apresenta formas práticas, econômicas, resistentes, reutilizáveis e biodegradáveis.

FONTE: SANTOS, L. REVISTA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO, ANO 32 Nº 142 MAIO/JUNHO 2021 p. 16-18.

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