Saem às portas giratórias e as filas intermináveis e entra um espaço
totalmente digital onde você pode transacionar seu dinheiro de onde e como
quiser. Este é o cenário perfeito que almejamos há algum tempo e estamos diante
dele. Mas ainda há muito a se fazer para melhorar a experiência do consumidor
nesse ambiente virtual.
É claro que a digitalização no setor foi impulsionada pela crise da pandemia, mas ela já vinha acontecendo de maneira tímida há alguns anos. Só para ter uma ideia, em julho de 2018, já existiam 2,88 milhões de contas bancárias 100% digitais no Brasil, segundo dados da Febraban. O mesmo levantamento ainda mostrava que a maior parte delas foi aberta pelos celulares (1,6 milhão, em 2017), o que representa um aumento de impressionantes 171% em relação ao ano anterior.
Mesmo com esse crescimento, levar para o mundo digital um público avesso à tecnologia se tornou um dos grandes desafios das instituições que tentam se enquadrar cada vez mais no ambiente online. De acordo com a pesquisa “O Impacto da covid-19 no cliente bancário”, realizada no início da pandemia pela Lightico, 82% dos entrevistados ainda estavam preocupados em ir à agência bancária, 63% mais inclinados a experimentar um aplicativo digital, 84% esperavam que as marcas encontrassem maneiras de maximizar a interação digital para mantê-las seguras e 56% estavam receosos com sua capacidade de pagar os empréstimos (casa, carro etc).
A preocupação em ir até agência acontece quando a tecnologia não oferece uma boa experiência e confiança para o cliente. Por isso, as instituições precisam investir cada vez mais em transformar o ambiente digital bancário em uma oportunidade para que seja realizada qualquer transação segura. Os chatbots, por exemplo, podem ajudar nesse processo, solucionando dúvidas, trazendo informações, propondo uma conversa com o consumidor.
Já a inteligência de dados pode entrar para permitir uma série de recursos, como aumentar o limite do cartão de crédito, entender o que realmente o cliente precisa e analisar o seu perfil. Cruzar dados e informações e ter tudo de maneira rápida e organizada dentro do nosso sistema bancário burocrático nunca se tornou tão fácil.
A SEGURANÇA DEVE SEMPRE SER A PRIORIDADE
A tecnologia coloca os bancos em uma nova era e isso é um ponto positivo. Estamos diante de instituições financeiras modernas e com serviços muito mais acessíveis. Mas ainda precisamos ir muito além.
Virar a chave do banco offline para o online requer uma investimento pesado em ferramentas tecnológicas, principalmente em cibersegurança. Esta deve ser uma prioridade das instituições, já que o ambiente online não está isento de invasões de criminosos.
No ano passado, o auxílio emergencial, benefício do governo federal a pessoas mais vulneráveis diante da pandemia, bateu recordes de fraudes. Diversos criminosos conseguiram invadir o sistema da Caixa e roubar o dinheiro destinado à população de baixa renda.
Por isso, as instituições também têm investido em inteligência artificial para lidar com esses crimes. A tecnologia permite o processamento e a análise de um grande volume de dados complexos em processos críticos, tudo isso com muita rapidez. Desta forma, as instituições são capazes de otimizar a identificação de ameaças.
Segundo a Febraban, houve um aumento de 72% em investimentos relacionados à IA nas instituições financeiras do Brasil em 2019. Ainda de acordo com o estudo, os investimentos feitos pelo setor bancário em tecnologia em 2019 cresceram 48% em relação ao ano anterior, e o orçamento total chegou a R$ 24,6 bilhões [a mais recente Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancaria ] divulgada durante o CIAB FEBRABAN na última semana, mostra que os gastos em 2020 do setor em tecnologia chegaram a R$ 25,7 bilhões, montante 8% superior ao registrado em 2019].
Já estamos observando uma maturidade das instituições nesse sentido, o que possibilita um ambiente seguro, próspero e tecnológico. Os bancos do futuro já chegaram e é uma ótima oportunidade para ter uma experiência diferente com o seu dinheiro.
FONTE: https://noomis.febraban.org.br
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