Comprar um produto pela internet, não gostar do que recebeu e poder devolver a mercadoria, sem qualquer custo. Quem já fez uso desse simples sistema de logística reversa já sentiu na pele os encantos – sob o ponto de vista do consumidor – da implantação de sistemas que permitem o contrafluxo na cadeia logística de consumo. O exemplo é simplista e abrange apenas um aspecto da logística reversa, mas permite entender como a existência desses sistemas pode fazer maravilhas para a imagem de uma corporação. Em linhas gerais, logística reversa é o processo que permite o retorno do consumidor final para o produtor. É o fluxo inverso do processo de consumo e existe em duas grandes variáveis: logística reversa de pós-venda e logística reversa de pós-consumo. Em ambos os casos, a logística reversa é promovida para atender a uma necessidade do cliente (eventual troca), atender à legislação quanto à destinação correta de resíduos ou reaproveitamento de materiais pela empresa no processo produtivo. Apesar de ser ainda tímida no Brasil – com exceção de alguns nichos de mercado –, a logística reversa pode acontecer em diferentes estágios do processo produtivo e não apenas entre vendedor e consumidor final. Há diversos ramos, como o de montadoras, que já exigem de seus fornecedores de matéria-prima sistemas de logística reversa.
Apesar de não ter estatísticas específicas sobre logística reversa, o Ministério do Meio Ambiente consegue medir o quanto dos resíduos gerados no Brasil acaba sendo reciclado. O Ministério informa que o IBGE realiza um estudo chamado “Indicadores de desenvolvimento sustentável”, que contabiliza esses valores. A última edição do trabalho, de 2015, traz dados de 2012 e aponta que foi reciclado no país um percentual próximo a 100% das latas de alumínio, cerca de 60% das embalagens PET, 47% das latas de aço e 47% do vidro, 45% de papel e 19% de embalagens longa vida. Mas, de acordo com Cattini, a amplitude de atuação e os conceitos de logística reversa devem ir muito além da reciclagem de embalagens. “Se você se preocupar apenas com o retorno das mercadorias, embalagens ou produtos com defeito, você apagará incêndio, quando na verdade precisaria prever o fogo”, afirma. De acordo com o professor, a logística reversa precisa começar a ser pensada já no desenho do produto, que deve ser concebido de tal maneira que facilite seu retorno, desmontagem e recondicionamento. “Esse é só o começo. As empresas precisam redesenhar seus sistemas de produção, reavaliar os itens que utilizam nesse processo porque nem sempre o mais barato é o material próprio para retorno e utilização, sem se esquecer de conceber um sistema de distribuição que leve em conta o recebimento desses produtos devolvidos por quem os consumiu”, explica. Para finalizar a cadeia, as empresas também precisam estabelecer mecanismos de reinserção desses produtos no ciclo produtivo. “A logística reversa tem que tratar de todos esses itens, não é só um transporte de volta, é uma coisa muito mais ampla. Eu acho até que não devia se chamar logística reversa porque aí você está sendo contaminado pelo nome logística, que se refere à distribuição, transporte, armazenamento. A logística reversa é muito mais do que isso”, afirma Cattini.
Fonte: http://www.revistarba.org.br/mag/119/capa119.html
RESENHANDO:
Apesar de ser um tema remanescente nos abrange uma visão inovadora, pois a cada momento o sistema vem ganhando espaço no mercado e as vantagens de um sistema que agrega valores exponenciais mostra o quanto é de suma importância aderir a esse novo modelo de feedback. O consumidor final é responsável pela divulgação do sistema e se ele for de boa qualidade e cumprir os requisitos básicos para o bom funcionamento todos ganhão. Seja tempo, seja dinheiro.
ADM. CLAUDILÂNYO GONÇALVES DOS SANTOS
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