" Sebrae mostra que 42% das empresas abertas no país sucumbem nos dois primeiros anos. Desconhecimento de gestão e altos impostos são possíveis responsáveis. Muitas pessoas acham que ser dono do próprio negócio está inteiramente associado a ficar rico. No entanto, empreendedores enfrentam diversos obstáculos para manter suas empresas de pé e alcançar o sucesso. De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae em 2017 – deixando de lado os Microempreendedores Individuais (MEI) –, quase metade das empresas brasileiras fecham as portas nos primeiros dois anos de atuação. Quando 42% das micro, pequenas, médias e grandes empresas sucumbem ainda em seu primeiro biênio, um ou diversos fatores podem estar atrelados ao insucesso. Elevadas cargas tributárias, falta de incentivo do Estado e má qualificação profissional se apresentam como queixas recorrentes de quem atua no setor. Para o administrador Lucas Moreira, presidente da Splash (franquia de cafés e bebidas urbanas), as dificuldades são inúmeras. “Um exemplo disso é a alta carga tributária em todos os aspectos. Isso ocorre desde a compra do insumo, aumentando o custo do produto na hora da venda”, garante o gestor comercial. Segundo Moreira, existe sobrecarga na folha de pagamento e demais benefícios. Diante dos altos impostos, a solução é trabalhar ainda mais. Mesmo assim, o gestor acredita que o governo pode tomar medidas como a criação de um incentivo fiscal. “Se isso ocorrer, empresas de grande e médio porte poderão criar benefícios na área da saúde e da educação para a comunidade na qual está inserida. Seria um retorno positivo”, certifica. Apesar de todos os obstáculos, Moreira acredita que o empresário tem muita expectativa de alcançar o sucesso naquilo que faz. “É um apaixonado que quer transformar a vida da família ou, até mesmo, de uma comunidade inteira”, afirma. O analista de Políticas Públicas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Marcello Maia, pensa de outra forma. Para ele, ter um negócio próspero é diferente de ser um empreendedor bem-sucedido. “Dinheiro é um fator de desempenho, mas não deve ser o único e nem o mais importante. O empreendedor deve separar esses indicadores e ter outros para obter sucesso”, afirma. Mas no que o Estado pode ajudar, por exemplo, para aqueles que desejam abrir agora o próprio negócio? Moreira diz que o governo joga contra em vez de auxiliar. Por isso, as empresas podem quebrar com mais facilidade no Brasil. Para ele, quem abre um negócio agora com o capital de giro apertado pode acabar com os boletos vencidos antes dos resultados das vendas terem entrado no caixa da empresa. “Assim, a empresa fica com o nome sujo e não se consegue mais comprar produtos a prazo. No Brasil, as instituições quebram fácil”, afirma."
RESENHANDO:
Na teoria temos ótimos meios para incentivar a abertura de uma empresa, que no decorrer dos anos e com uma política correta, ter sucesso aparente. Entretanto, na prática tudo não passa de fachada, pois quando um micro ou pequeno empreendedor faz tudo como manda a legislação sempre acabam enforcados em dívidas contraídas pelos altos impostos pagos ao governo dificultando o crescimento dentro da esfera econômica. O que temos que avaliar é que apesar de tudo isso, existem alguns incentivos fiscais, porém, em contrapartida, é muito pouco! O que faz o endividamento das mesmas perante os fornecedores cresce rapidamente. Dessa forma, em menos de cinco anos muitas empresas fecham as portas, não especificamente pela má gestão do negócio, mas pelos altos tributos que são pagos para se manter no mercado.
ADM. CLAUDILÂNYO GONÇALVES
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